segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Be strong.

Os dias passam e às vezes ela se sente sozinha nesse mundo cheio de gente. Ela pensa e seus pensamentos voam de longe pra perto, do céu para a terra. Momentos bons não são difíceis de se encontrar em meio a seus devaneios entre passado, presente e futuro. Ela sabe que existem pessoas para serem amadas em todas as esquinas. Basta querer enxergá-las, tão simples e ao mesmo tempo tão improvável.
Quando se depara com tamanha tragédia, lembra-se quão efêmera é a vida. Bendita ampulheta que é acionada ao nascer e não se sabe quanto tempo irá durar. Sabe que não há o que se compare com a dor de ver a ampulheta ao seu lado chegar ao fim. O sentimento que domina o peito, enche os olhos d'água e desconfia da realidade, porque a esperança... ah, a esperança! Essa velha senhora faz com que o sofrimento se demore até que não haja outra saída. E aí a senhora Esperança machuca por todo aquele tempo que ela manteve a chama acesa dentro de ti, as luzes são apagadas de uma vez só, a escuridão toma conta e não há luz no fim do túnel para onde fugir. A verdade é essa. Nunca há outra saída. 
Um dia a vida acaba... É assim que tem que ser. Mas se for pra ser assim, que se siga a ordem natural do mundo. Aquela em que se morre depois de viver muito. Aquela em que se morre depois de realizar todos seus sonhos. Aquela em que se morre depois de pagar todas as contas, comparecer em todos os encontros marcados e dizer tudo o que se tinha para dizer. Que a voz se cale na hora em que a paz é o silêncio do sono eterno, na hora em que não haja sofrimento para quem fique, na hora que tem que ser.
A juventude é para ser vivida. Ainda há muito pela frente nessa estrada, ela sussurra a fim de se fazer ouvir. Sabe que podia ser uma daquelas vozes caladas naquela noite. E se fosse ela? Um silêncio tomou conta de seus pensamentos... 
Tudo aquilo que ainda gostaria de dizer, todos os planos e sonhos que espera realizar, todo o passado que viveu para construir seu presente, todo aquele amor que cultivou. Não havia medo, mas ela queria viver. Ela queria viver por ter motivos suficientes para desejar a vida. Muito mais por seus amores do que por si mesma. Ela quer viver para ouvir sua música favorita incontáveis vezes, para ter tardes de domingo cheias de gargalhadas ao lado dele, para reclamar de acordar cedo todos os dias, mas acordar para orgulhar seus pais, para cuidar daquela que precisa de seus cuidados, para viver e evoluir e encontrar novas maneiras de amar. Ela sabe que existem pessoas para serem amadas em todas as esquinas. Ela quer viver para fazê-los felizes. Porque, se queres saber, ela só vive por existir vocês...

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