quarta-feira, 25 de abril de 2012

uma vez...




De repente a vontade de escrever me toca, mas não tenho palavras, não tenho motivos. Procuro alguma poesia que possa me inspirar, leio de Mário Quintana a Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade a Cecília Meireles. Mas de uma maneira ou de outra, não havia ali nenhuma palavra que eu quisesse ouvir. O que eu procurava ainda não tinha nome, não tinha precedentes. Estava pensando em algo que pudesse representar o que sinto, o que sou e ainda assim ser bom o suficiente para que alguém pudesse ler, porque toda palavra escrita espera seu momento de ser lida. Meus pensamentos são traduzidos em palavras...
Um dia a gente percebe que nem toda amizade dura para sempre, e que a maioria delas não seguirá esse caminho. Devemos fingir que acreditamos em amigos para sempre para que a situação fique confortável pelo tempo necessário. A verdade é que dói acreditar o contrário enquanto seus supostos amigos estão presentes na sua vida. Então, promessas são feitas, palavras são jogadas ao vento e acreditamos em nossa própria ilusão.
É melhor praticar o desapego, não deixar que os outros te machuquem quando partirem. Ficar de consciência limpa e simplesmente seguir em frente. Nada (ou quase nada) dura para sempre, tudo sempre chega ao fim, mais cedo ou mais tarde. É como se a vida estivesse nos preparando para perdas, como se fossemos apenas uma parte do jogo. Às vezes é mais fácil não entender, nada faz sentido, até que algo especial te faça esquecer de tudo. Melhor um brilho que te cegue os olhos, do que uma ilusão que te faça sofrer.
E assim, a vida segue...